terça-feira, 18 de setembro de 2018

Fake news nas pesquisas eleitorais: o retrato da incerteza e do medo

     Se as fake news têm inundado as redes sociais através de memes ou páginas atribuídas a blocos de grande imprensa com diversas notícias sobre os candidatos - inclusive Lula, cuja candidatura impugnada foi transferida a Haddad, hoje candidato oficial -, agora são as intenções de voto os maiores alvos das notícias falsas.
     Não é preciso dizer que os seguidores mais fanáticos são os primeiros a rastrear as figuras e páginas cujo caráter duvidoso se esconde bem atrás de páginas renomadas como DataFolha, Ibope, BTG e outras mídias especializadas em estatísticas, e as divulgam em nome de seu ídolo. E, devido ao disfarce, muitos caem no golpe e espalham mais ainda na rede.
     As fake news sobre pesquisas de intenção de votos revelam distorções nos dados obtidos pelas medidas oficiais. Uma diz que Bolsonaro lidera em todos os estados, e a outra menciona Haddad liderando a disputa com folga. Nesse aspecto, embora falsas, as fake news revelam os dois grupos mais ardorosos, o de Haddad (ou Lula?) e de Bolsonaro (ou Mourão?), e também o ápice da polaridade político-ideológica do momento.
     Se por um lado as fake news transparecem os principais grupos ardorosos, por outro lado as mesmas não desanuviam a incerteza a pouco tempo do pleito, em parte graças à transferência de votos de Lula para Haddad e a ausência física do militar, que se recupera de uma facada.
     Ou seja, ao distorcer a realidade, ato movido pelos mais ávidos sentimentos, os dois grupos idólatras se revelam muito mais temerosos de que a faixa presidencial caia no corpo do candidato adversário, aumentando a incerteza popular.
     

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