Anonymous: antifas virtuais?
Na última semana, logo após a explosão de manifestações nos EUA por conta da morte do cidadão negro George Floyd por um PM, na internet surgiram informações dos presidentes Bolsonaro, Trump e outros nomes importantes.A coisa pegou fogo porque tratam-se de dois nomes em exercício como líderes máximos das nações em destaque na tragédia do Corona.
Mas Bolsonaro e Trump não são os primeiros a terem informações privadas hackeadas. Outros líderes daqui e estrangeiros também o foram. E os hackers nunca são encontrados.
Também foram alvos certos líderes religiosos que tiveram seu caráter exposto.
Parece coisa do outro mundo, só que é coisa daqui mesmo, e não há nada de sobrenatural. Ao que tudo indica, estão no mundo todo. E um detalhe: têm em comum o mesmo objetivo de desvendar informações altamente comprometedoras, revelando-se um grupo, o Anonymous.
Mas, o que desejam os hackers ao devassar e publicar informações pessoais tão sensíveis e sigilosas? E quem é Anonymous?
O hacker hoje vive de internet, pela qual a informática e derivados hoje se valem. O próprio hacker também. Divulgaram a ousadia de desviar milhares de reais de Silas Malafaia para caridade que este disse fazer (mentira!) e ficou furioso com a descoberta. Já fizeram parecido com megaempresários.
No senso comum, hacker é criminoso virtual. Mas, como já disse Nelson Rodrigues, "toda generalização é burra". Ora, se você confia muito em um próximo sempre leal, passando-lhe seus dados privados por "extrema emergência", a cilada é bem alta. Não precisa ser hacker.
Na verdade, o hacker é um profissional altamente qualificado no ciberespaço que, ironia ou não, trabalha para a nossa segurança. Eles podem estar por trás de sites confiáveis criados para as nossas necessidades, que operamos com raros problemas.
Muitas vezes eles usam a deep web, ou literalmente, "rede profunda", que difere da "rasa" (por falta de melhor expressão ou vocábulo) por oferecer maior segurança de privacidade e, claro, ter a fama de inspirar conspiracionistas por conter informes algo... inusitados.
Apesar de usuários comuns poderem acessá-la, a deep web tem sido usada pelos teóricos da conspiração como o berço do Anonymous. Mas, agentes do FBI, entidade com alta tecnologia de inteligência artificial, não encontraram nenhum rastro na deep web. Desconsiderem...
O Anonymous foi tema de vídeo recente de Paulo Ghiraldelli, que os relacionou ao mais completo anonimato. Faz sentido: anonymous significa "anônimo". É o nome de um grupo aparentemente muito profissional, que pelo visto se especializou em devassar os dados mais improváveis.
O anonimato deles significa o método: surgem de repente, descobrindo os segredos mais assombrosos, e após algum tempo no ar divulgando para a mídia, somem sem deixar rastro algum. Nem se sabe o tamanho do grupo, quantos hackers são.
Investigadores do FBI ou CIA esquadrinham para achar IDs deles e fracassam. Nem sabem se compartilham o mesmo ID. E que tipo de rede eles usam para acessar informações tão assustadoras quanto sigilosas, com tanto sucesso.
O máximo que eles dizem sobre si próprios está no objetivo central: tornar públicas certas verdades desconhecidas da geral para revelar o caráter por trás do marketing, declaram recusar benesses da fama e serem totalmente contra injustiças sociais de todo tipo e violações dos direitos humanos.
Pontos que contradizem a duvidosa ética de seu feito, mas que convergem diretamente com os ideais libertários dos antifascistas que emergem em manifestos em vários países do mundo. Serão os Anonymous antifascistas? Não sabemos. Mas, até o momento, eles estão ajudando muito revelando os segredos mais escusos dos fascistas e dos ultraneocapitalistas.
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