Em paralelo à Cúpula do Clima da ONU em Nova York, tramita em Budapeste (Hungria) a Cúpula da Demografia, que reúne líderes governamentais, religiosos e de entidades do Ocidente.
Na Hungria, o Brasil é representado pela ministra Damares Alves, dos Direitos Humanos, da Mulher e da Família. Detalhe: ela é pastora pentecostal.
São discursos conservadores: defendem só a família formada por homem, mulher e filhos, o resgate do cristianismo e do romantismo, e negam a imigração e, é claro, a diversidade sexual.
Os presentes acreditam que as populações ocidentais "estão encolhendo" e sendo "substituídas" por imigrantes de outras etnias e culturas. Uma visão branca e cristã de Ocidente.
Propõem políticas públicas de incentivo a famílias tradicionais numerosas, bem como as que inibem a imigração e uniões homoafetivas, por "vontade de Deus".
Atacam a ONU acusando-a de "inimiga das crianças" devido à educação sexual e aos direitos sexuais dos jovens, bem como o feminismo, que teria causado nas mulheres o "medo do casamento" e do romantismo.
Rétvári, do gabinete do governo Orbán (Hungria) ataca "liberais e esquerdistas",e Damares propõe que o Brasil lidere um bloco "pró-família" na ONU na missão de construir uma "sociedade democrática". O que soa muito estranho.
Estranho porque as personalidades da citada Cúpula representam um movimento de extrema-direita, e suas propostas de "reconstrução" social são bem autoritárias, nada democráticas.
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