Com os conflitos internos, o PSL do presidente Jair Bolsonaro se dividiu em dois grupos, pró e anti-Bolsonaro.
Vários nomes terminaram queimados, como o Delegado Waldir, que chamou o presidente de vagabundo e prometeu "implodi-lo", perdendo sua liderança na Câmara.
Waldir sabe do peso de suas palavras, dirigidas a uma família com ligação com milicianos envolvidos no assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL), no ano passado.
Mas ele só é um dos principais nomes do conflito, que se iniciou com uma sessão de aspereza entre Bolsonaro e o presidente do partido, Luciano Bivar, apoiado pelos anti-Bolsonaro. O resto foi consequência.
Como a passagem da também queimada deputada Joice Hasselmann, ao integrar, com Waldir, o grupo dos anti-Bolsonaro. E ela se tornou um destaque.
Primeiro, pelo antigo apoio dos eleitores bolsonaristas ao acobertar as loucuras do governo. Depois, no conflito, declarar que "sabe tudo" da família do presidente da República.
Claro que as declarações de Joice e Waldir não impediram que o colega Eduardo Bolsonaro fosse eleito líder do PSL no Rio e em SP pelo majoritário grupo favorável, fortalecendo o presidente junto ao partido.
O antigo apoio dos eleitores se transformou em ódio, com expressões gordofóbicas e comparações pejorativas com a personagem suína Pepa.
Se compararmos às expressões dirigidas à colega Sâmia Bomfim (PSOL-SP), não há como apontar qual delas é mais violenta. Gordofobia é de fato preconceito, independente do alvo.
Os ataques gordofóbicos a Joice revelam o combustível em voga a mover as relações humanas, revelando a dificuldade dos autores em distinguir o ser humano do ser político, sendo este mais evidente.
Os ataques gordofóbicos à ex-bolsonarista revelam o combustível que move as atitudes e as relações humanas no momento. O combustível de nome ódio, usado para intimidar os diferentes e os contrários.
E o gerador desse combustível é o fator ideológico. Bastou um partidário mudar uma simples concepção por um motivo qualquer, para que o apoio se transforme em disparada de ódio mortal.
O que torna mais estranho é que até bolsonaristas com excesso de peso se dirigiram a Joice com ofensas... gordofóbicass.
Vai vendo.
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