Servidores públicos: o mito persecutório do Estado inchado
O serviço público e os servidores do Executivo são assuntos recorrentes em política de governo. No momento, os servidores do Executivo são o principal alvo de proposta de reforma profunda nas carreiras.
Mas é bom salientar: a história da Administração Pública não é recente. Basta fazer pesquisar no Google. Mas, por que os servidores sempre entram nas pautas políticas?
Presentes em todos os países, os servidores públicos representam o Estado junto à coletividade funcionalmente. Desde as primeiras civilizações da História.
Os servidores públicos compõem um grupo muito heterogêneo de profissionais, a depender de fatores como escolaridade, qualificação e situação frente ao Estado.
A fama de privilegiados vem do tratamento diferenciado em remuneração e regime de trabalho, inspirados da Antiguidade, segundo a arqueologia da Mesopotâmia e da Europa greco-romana.
No Brasil, em geral são alvos de frequentes críticas negativas: são os "corruptos", "relapsos" ou "incompetentes" pagos com salários via impostos escorchantes.
A grande mídia constrói este perfil em programas humorísticos e novelas, tornando o servidor público alguém folclórico, na verdade reflexo histórico de uma elite que age para aumentar seus privilégios.
De fato, há razão: alguns servidores podem ter qualquer desses perfis. Alguns, que contribuem contra reputação de toda a classe dos servidores públicos.
Um mito de Estado ineficiente que alimenta as ambições dos governos para que a elaboração de políticas "de modernização" que incluem privatização de serviços de atendimento ao público à privatização de estatais.
O caráter tendencioso da mídia está por trás dessa generalização e do sustento ao governo em elaborar sucessivas reformas que corroem os serviços públicos.
Por este motivo, desde 2005 não ocorre mais concursos para efetivos na saúde, o que implica em grave carência de servidores que precarizam a qualidade dos serviços à crescente demanda popular.
Na saúde pública, o governo Temer extinguiu vários cargos, a serem substituídos por terceirizados, bem como vagas para cargos ainda existentes. O governo Bolsonaro pretende reduzir os 300 atuais para apenas 30, na esfera federal.
A desculpa de sempre: o mito do Estado inchado.
quinta-feira, 24 de outubro de 2019
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