quinta-feira, 23 de novembro de 2023

CURTAS 49 - ANÁLISES (Invisibilidades 2)

 

Zucas e Costa: fator comum

                Após o fim do salazarismo pela Revolução dos Cravos, Portugal evoluiu muito. Em 1992 assinou o Tratado de Maastrich, que criou a União Europeia, unidade econômica de moeda única e livre trânsito, e legislação baseada na DUDH¹, que prevê receptividade a imigrantes, sejam estes refugiados ou em busca de trabalho ou estudo.
                Portugal recebeu imigrantes de várias nacionalidades, inclusive brasileiros. Mesmo qualificada, a maioria ocupa profissões de serviços gerais. Mas, ultimamente parece que isso incomoda os portugueses.
                Zucas – são 800 mil brasileiros, ou 8% da população geral. A maioria dos qualificados atua em serviços gerais e boa parte mora em barracas de acampamento. Pejorados como zucas, eles relatam insultos e agressões físicas. Comércios oferecem “pedradas grátis”, e crianças imitando brasileiros são repreendidas pelos pais e professores.
                O clima ‘brasofóbico’ é tão hostil que surgiu entre os acampados uma solidariedade que aplaca a angústia resultante.
                António Costa – a renúncia do primeiro-ministro por investigação supostamente enganosa lembrando a nossa Lava-Jato fez os brasileiros aqui discutirem nas redes sociais a possível causa racista por ele ter pele escura, ligada à origem paterna de Goa, antiga colônia portuguesa na Índia. Mas não há evidência que aponte esse fator. Mas fator político, sim.
                Onda reacionária – a ‘brasofobia’ portuguesa e a renúncia de Costa se ligam à ascensão da extrema-direita. Do salazarista André Ventura, o ‘Chega!’ defende a criminalização do socialismo e do comunismo (Costa é socialista) e o fim da imigração, para “manter a unidade cultural e cristã do povo português”.
                Enquanto isso, se vê que nem todos os portugueses são racistas ou xenofóbicos. Embora sejam frequentes as discriminações, os racistas ou xenófobos são minoria: a extrema-direita está em ascensão, mas pela tendência da maioria dos portugueses, a democracia ainda segue como o melhor rumo político a ser seguido.
                Mas o melhor antídoto à extrema-direita é o investimento em educação que desnazifique o povo antes que a eficiência comunicativa da extrema-direita seduza o restante geral.

Nota da autoria
¹ Declaração Universal dos Direitos Humanos (ONU, 1948), que influencia a legislação moderna nesse campo.

Para saber mais
https://www.youtube.com/watch?v=9oQz6ulgVAg (Reinaldo Azevedo: caso que derrubou governo português tem cara de “lava-jatice” do MP).
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O antijornalismo dos jornalões

                
Entre as invisibilidades, o jornalismo também se insere. Pode parecer que não, pois não é o primeiro artigo a tratar sobre a imprensa. Mas acontece que, em seu papel informativo à sociedade, os profissionais imprimem não só a sua visão de mundo, como também desenvolvem meios de convencer uma coletividade cada vez mais crítica.
                Mas colocar o fato conforme sua visão de mundo não é antiprofissional: isso é inerente a todos nós. Mas a antiética pode se sobrepor ao papel de informar. A Jovem Pan foi um caso emblemático. Vamos entender.
                Desinformação – entre 2019-22, a JP se notabilizou em negar informes de outras mídias, massageando o ego do governo para ter mais concessão pública. A ética jornalística foi rasgada: veio o antijornalismo. E aí o bicho pegou.
                Processos judiciais e saídas de vários profissionais (voluntárias e forçadas) descredibilizaram a emissora bolsonarista a tal ponto de ela quase fechar. E ela ainda se mantém na mesma linha. Mas desinformar não é exclusivo de jornalistas bolsonaristas – que, aliás, preenchem os quadros da grande mídia também.
                Estadão e governo – de todos os jornalões, o Estadão se destaca na ferocidade das críticas a Lula 3. São críticas ferozes, puramente ideológicas. Segundo a matéria, a mulher de um traficante teria se reunido com a cúpula do MJ, incluindo o ministro Flávio Dino, e dando a entender que se tratava de um convite deste.
                Os bolsonaristas se aproveitaram disso, e criaram distorções bizarras incluindo também o... Hamas. E isso respingou no Ministério de Direitos Humanos de Silvio Almeida.
                Denunciantes do antijornalismo – mas teve gente que não deixou barato. Enquanto Se Dino respondeu de um lado, de outro um jornalista investigativo denunciou o antijornalismo dos jornalões: Leandro Demori. Devido a isso, Demori foi intimidado pelo Estadão, que só soltou uma nota de que fará uma “reciclagem profissional”.
                Já sabemos que a reunião foi feita com um secretário de Dino, a pedido da Comissão de Direitos Humanos do Amazonas, e que a esposa do traficante estava acompanhada da advogada Janira Rocha, ex-PSOL. Em tese, no dia da reunião, ela estava com processo em liberdade, e depois foi condenada por associação ao tráfico.
                Carlito Neto é outro a denunciar o antijornalismo ao mostrar recortes de entrevistas com Felipe D’Ávila e André Esteves: há uma união das grandes com mídias bolsonaristas (Brasil Paralelo, Revista Oeste, etc.) para depor Lula em nome da absoluta “liberdade de expressão”, pois Lula “está impondo a censura”.
                O falsete de censura também se liga à velha proposta petista de regulamentar a mídia ao modo europeu (o blog já abordou sobre), e agora querem uma fusão midiática à moda Fox News de Rupert Murdock para fazer golpismo.
                Entre problemas da esquerda e os mimimis – o fato de as mídias independentes terem derrubado a treta da “dama do tráfico” usando um jornalismo decente revela as fraquezas da centro-esquerda ou do governo de coalizão. Há tempos que influencers políticos de esquerda revelam a comunicação como o pior problema.
                Nas redes sociais, a esquerda perde fácil para as mídias de desinformação vinculadas à extrema-direita e a grande mídia a elas – mesmo que os sites fast-checks revelem as falsidades difundidas. E o governo ainda mostrou outra fraqueza: o sistema de segurança.
                A liberdade de entrada popular pela CF-1988 não justifica a falha de segurança em espaços públicos como a Praça dos Três Poderes e a Esplanada dos Ministérios, centro da governança tripartite. O 8/1 foi um exemplo notório dos riscos futuros. Todas as identificações por CPFs e RGs devem ser instantâneas e obrigatórias.
                A política de combate às fake news parece não compensar a falha comunicacional do governo, da qual os extremistas e golpistas se aproveitam, refletindo na impopularidade do governo na última pesquisa difundida.
                Assim, o mercado da mídia hegemônica e as mentiras insistentes se unem para manipular a popularidade do governo, o que acende a luz laranja de alerta para Lula. Por outro lado, eles atuam com dois pesos, duas medidas no sentido de passar pano para os crimes do governo anterior e cobrar muito do pouco que Lula erra.
                É aí que uma política de comunicação governamental deve melhorar, mesmo que seja desafiador enfrentar a oposição mal intencionada. A começar pela substituição de Juscelino Fº e, quiçá, meter Janones na Secom.

Para saber mais
https://www.youtube.com/watch?v=2r1ldFurfCo (O Historiador 22/11/23 – empresários bolsonaristas e mídia golpista querem se unir para derrubar Lula)
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quarta-feira, 15 de novembro de 2023

CURTAS 48 - ANÁLISES (Invisibilidades)

 Um conflito invisibilizado

                A mídia ocidental tem feito matérias de guerras no Oriente Médio, Europa (Ucrânia x Rússia), em parte da Ásia (China, Taiwan), e América do Norte (11/9/2011, World Trade Center). O mesmo ocorre sobre os desastres naturais e, claro, as diásporas de guerra e climáticas, enfatizando a recepção por países europeus e das Américas.
                As principais diásporas são de sírios, norte-africanos e iraquianos, e agora, palestinos. Mas há um lugar historicamente espoliado pelo capital que há décadas sofre com guerras e crises ambientais: a África. Esse continente com o solo mais cobiçado do planeta é o mais esquecido pela mídia quando se trata de crises humanitárias.
                Em especial, um país geograficamente grande, atormentado há décadas por uma sucessão de crises.
                Congo – segundo maior país africano, a República Democrática do Congo vive ecos de guerra civil desde 1960. Disso veio uma crise humanitária e uma diáspora externa cujo número varia entre 3 e 6 milhões de pessoas, e mais de 1, 5 milhão internamente, segundo dados da ACNUR, órgão da ONU ligado aos refugiados.
                Hoje se segue uma a guerra interétnica (tutsis x bantos). E com uma interferência externa.
                Ruanda – como o Congo, o vizinho interior compartilha a riqueza mineral e conflitos entre as mesmas etnias. Foi palco do genocídio de 1994 que matou 800 mil pessoas, em parte tutsis refugiados em Uganda e Congo. Mas o que tem Ruanda a ver com a atual crise congolesa que descamba em migrações massivas?
                Política – é o que levou ao massacre étnico de 1994 e, agora se volta contra o governo socialista congolês liderado pelo hutu (do grupo banto) Félix Tshisekedi, sucessor do também hutu Joseph Kabila. O governante ruandês é Paul Kagame, um tutsi que alcançou o poder em 2000 através de golpe de Estado que matou o antecessor hutu.
                Os detalhes acima explicam a situação atual do Congo? Não. A questão é mais complexa.
                Ideologia – se o nome oficial do Congo revela um regime de governo socialista, o de Ruanda é uma autocracia militar autoritária à direita com apoio dos EUA, Israel e parte da Europa. Forma-se, assim, uma aliança contra o governo congolês. Mas há também uma briga econômica aí.
                Há ambição da aliança sobre as ricas jazidas minerais congolesas, em especial o Coltan (columbita + tântalo), usado na indústria de eletrônicos (Samsung, Xiaomi, etc.), e o diamante por gigantes da joalheria e petrolíferas¹.
                Contradições na escravidão – embora verídica, a mão-de-obra escrava na mineração congolesa virou pretexto da citada aliança e da oposição local contra Tshisekedi, que enfrenta forças militares sob comando tutsi. Mas nesse tema da escravidão há uma forte contradição, nas grandes plantações de cacau.
                Extensivas em Gana, Nigéria e Senegal, as plantações são propriedades de gigantes como Nestlé, Hershey’s e outras e revelam a submissão do governo congolês à lógica do capital anárquico.
                Como claramente se vê, a étnica não explica a grave crise interna congolesa. Mas o capital sozinho explica.

Nota da autoria
¹ Mais de 90% dos diamantes extraídos no mundo vira componente para cortes de vidros e de perfuração de poços petrolíferos.

Para saber mais
- https://www.youtube.com/watch?v=ja-qq61_9BI (Cortes do História Pública Ian Neves – Congo: a catástrofe que o mundo ignora)
https://www.acnur.org/portugues/republica-democratica-congo-rdc/. (a crise humanitária atual)
- https://pt.wikipedia.org/wiki/Crise_do_Congo
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A poluição dos carros elétricos

                Carros elétricos não são novidade: há 100 anos, Ford lançou uma linha, que logo fracassou devido à baixa autonomia. Hoje eles retornam com tecnologia muito sofisticada. Como os carros inteligentes da Tesla dirigidos por alguns patrões por aí, e também nas ruas chinesas, onde são cada vez mais populares.
                A tendência cresce junto à preocupação com o destino de um planeta cada vez mais aquecido. Nesse embalo e na perspectiva ampla de empregabilidade e popularidade, o governo Lula 3 já deu a largada para a gigante chinesa BYD ter sua montadora em Salvador.
                Vantagens – depende do âmbito. A empregabilidade é uma boa. Há uma massa de demitidos das fábricas fechadas no Sudeste e com a privatização da Eletrobras¹ no governo anterior. Moradores da região também podem ser absorvidos por via direta ou terceirizada, beneficiando a economia da região.
                Desvantagens – embora o fato acima seja positivo, a natural expansividade das empresas transnacionais prejudica a competitividade das empresas nacionais. A começar pela indústria. O patrono da siderúrgica Gerdau enfatizou que o aço brasileiro já sente o impacto da desindustrialização nacional.
                Micro e pequenas empresas empregam mais do que as gigantes, com forte destaque em serviços. Daí Lula 3 olhá-las com mais atenção e impulsioná-las com investimento público.
                Meio ambiente – a propaganda “adeus, gases estufa” pode ser real, mas esconde um perigo. Há desatenção pública com outros pontos igualmente relevantes – dos quais nem governo nem empresas falam.
                Consciência ambiental não é o forte do brasileiro. Descarta-se eletrônico em lixo comum ou na rua mesmo. Baterias e outros componentes eletrônicos liberam chorume com metais pesados que contaminam solos e água.
                Mesmo prolongada, a autonomia da bateria decai até chegar a hora de trocá-la. Onde descarta-la? As lojas de automotivos fornecerão tambores especiais destinados ao seu descarte? Por mais que durem, os carros também poderão ter validade determinada. E onde descarta-los? A indústria terá como reciclar seus componentes?
                Assim se conclui que uma política econômica realmente ecológica é complexo e envolve planejamento e boa visão da dinâmica planetária e gestão de resíduos. Portanto, gás estufa é apenas um mísero detalhe nesse universo de saberes que envolve o conceito de sustentabilidade, tanto em política quanto em empreendedorismo.

Nota da autoria
¹ o ex vetou reaproveitamento do quadro após a privataria.

Para saber mais
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sábado, 11 de novembro de 2023

ANÁLISE: a letalidade do agro

 

      Com o governo atual, o MSaúde retorna como órgão promovedor da saúde pública, com políticas novas que reabrem diálogo com a população e busca mitigar os efeitos deletérios do governo anterior, entre eles a maior mortalidade infantil invocada pelo esvaziamento da assistência no vasto interior do Brasil.
               Não bastassem os muitos desafios a serem enfrentados, inclusive na área de saúde, o governo Lula 3 irá se deparar com outra realidade, paralela e oculta: a promovida pelo agro..
                Silêncio imposto – a importância econômica do agronegócio deve ser esclarecida de fato: só o setor deve mais de R$ 80 bi de impostos e são sempre perdoados., em nome de um anarcocapitalismo que persiste em plano governo Lula 3, e que mais retira do que retribui às contribuições nada leves do mercado interno.
                 Mas, anarcocapitalismo à parte, o modelo de produção agropecuária de grande porte deve merecer uns olhares convergentes de ao menos três ministérios: o do meio ambiente, o da agricultura e abastecimento, e  o da saúde.
                Agroquímicos – surgiram para proteger lavouras, pastagens e gado. Há dois tipos: biológicos e químicos. Os primeiros são usados na produção orgânica. Os últimos, no grande agro. Mas impactam, em diversos graus, a biosfera e a saúde humana, daí serem considerados agrotóxicos pela legislação brasileira.
                Estudos científicos sérios tornaram muitos deles proibidos no mundo. Mas no Brasil eles ganharam uma liberdade que o tornou líder global de consumo – e suas consequências – graças a dois fatores importantes.
                Porosidade governamental – publicada pelo G1-Globo, a matéria revela as liberações dos agroquímicos de 2000 a 2022. No período foram 4444 liberações, das quais 2182 só na era Bolsonaro – muitos deles proibidos lá fora devido aos impactos socioambientais e econômicos conhecidos.
                Isenções tributárias – na recente reforma tributária aprovada (ainda aguarda desfecho) os representantes do agrobusiness gritaram como lavadeiras no rio e conseguiram novas isenções, como as dos já falados “veículos de trabalho” (e suas injustiças) e, ocultamente, os agroquímicos (a indústria agradece).
                Sigamos, então, a enumerar e descrever as principais complicações do agronegócio para a saúde pública a partir da contaminação do meio ambiente.
                Doenças químicas – se os fármacos de consumo humano e veterinário podem gerar efeitos adversos, daí os alertas nas bulas que os acompanham, por que agroquímicos ficariam de fora? Afinal, nós os consumimos de forma indireta, através da água e da comida que consumimos. E as complicações pelos agroquímicos são penosas de tratamento ou incuráveis.
                Dados da Oxfam Brasil revelam uma frequência anormal de intoxicações entre funcionários de lavoura e gado nos latifúndios, estendendo-se às suas famílias. São registrados efeitos dermatológicos, digestivos, nervosos e até oncopatologias (cânceres) e outras doenças forçosamente incapacitantes.
                Leucemia infantil – apesar dos avanços médicos registrados na saúde pública, foi observado um pico de mortes de crianças em unidades hospitalares de cidades mato-grossenses próximas de grandes latifúndios de soja. Tais picos se destacam da média estatística histórica nacional levantada pelo MSaúde.
                Outros cânceres hematológicos (linfomas) também foram observados em altas proporções em crianças e jovens na região mato-grossense estudada. Em média, a incidência local dessas doenças é quase o dobro da média nacional.
                Neuropatias e outras patologias – a literatura médica sobre a diversidade de patologias por agroquímicos é extensa. Mas os números recentes de diagnósticos levantados sobre cânceres,  dermatopatias, abortos espontâneos, teratogêneses¹, e neuropatias indicam uma necessária e urgente atualização estatística.
                Em unidades de saúde de Santarém (PA), dados obtidos pela Agência Pública sobre intoxicações geradas por agrotóxicos indicam curvas muito acima da média nacional em dermatopatias, teratogêneses¹ e neuropatias. 
                Genericamente, as neuropatias subiram 600% acima da média nacional, estimada entre 5 e 7% da população geral - e algumas delas se desenvolvem ao ponto de redundarem em incapacidade laboral, ou seja, a pessoa adoecida nesse estágio se torna incapaz de trabalhar para obter seu próprio sustento.
                A aposentadoria por invalidez é a única saída nesses casos, mas só para quem teve carteira assinada e direitos assegurados, portanto. O trabalho rural é campeão em violações de direitos trabalhistas essenciais e o índice de trabalho escravo é alarmante: 60% dos mais de 1 milhão ainda em tal condição estão no campo.
                Relação inegável – um latifúndio de soja na região de Santarém substitui a floresta amazônica. Seus agrotóxicos contaminam igarapés e rios cujas águas são utilizadas também por ribeirinhos, indígenas e pequenos posseiros que engrossam a fila de intoxicados colaborando para os números alarmantes.
                Retirando-se o fator intoxicação, nada explicaria os anormais dados locais. Nem as variáveis em genética de populações por etnia para estudos de patologias possuem números tão discrepantes na literatura científica. O abuso de agrotóxicos se revela no nível de contaminação dos mananciais d’água que cercam os latifúndios.
                Além da liberação de agrotóxicos globalmente proibidos na era Bolsonaro, a manutenção de isenções na reforma tributária pode ocasionar um salto perigoso da incidência das citadas (e outras) complicações graves de intoxicação agroquímica. E aí de nada valerão mil Nísias Trindades para resolver o flagelo.
                A liberdade excessiva outorgada pelos governos em troca de apoio político favorece ao agronegócio a série de abusos socioambientais, trabalhistas e contra a saúde pública. Se o governo atual pretende mesmo fazer o seu melhor em políticas públicas, a única solução é podar as enormes asas do agro – e já passou da hora  há bastante tempo.
                
Nota da autoria: ¹malformações fetais.

Para saber mais
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CURTAS 98 - ANÁLISES (Brasil- Congresso)

  A GUERRA POVO X CONGRESSO                     A derrota inicial do decreto do IOF do governo federal pelo STF foi silenciosamente comemo...