Alimentos transgênicos x agrotóxicos: uma crise alimentar e ambiental
É sabido entre a geral de que o Brasil é um líder entre os países que mais consomem agroquímicos na agropecuária. Mas, para a maioria dos parlamentares da bancada do boi, o consumo não é suficiente.
Tramita no congresso um projeto de lei que propõe liberação fiscalizada de mais agroquímicos, que se sabe serem condenados em vários países e pela OMS devido à grave toxidade à saúde humana. Entre os mais de 10 tipos de agroquímicos listados, figuram Endossulfam, Cihexatina, Tricloform, Pentaclorofenol e Lindano, este último usado em tratamento de madeiras.
Muitos desses produtos, citados no referido projeto, sequer têm descrição de seus efeitos, conforme mostra a tabela exposta pela Fiocruz (http://cee.fiocruz.br/?q=Anvisa-e-contraria-a-PL-do-veneno-e-lista-riscos-de-nove-agrotoxico-proibidos), o que aumenta ainda mais o potencial de envenenamento advindo do consumo alimentar.
O tema caiu nas redes sociais, sob fortes críticas da maioria dos internautas. Além da citada toxidade, a crítica razoável ocorre pelo fato de o uso de agrotóxicos (outro nome dos produtos) carecer de fiscalização pela Anvisa, nossa versão da estadunidense FDA, expondo trabalhadores e meio ambiente a índices preocupantes de contaminação.
O maior risco não fica somente no consumo dos alimentos "irrigados" com tais agroquímicos. O meio ambiente também sofre, o que pode se alastrar por grandes áreas além dos grandes campos cultivados, contaminando assim áreas naturais remanescentes nas adjacências e atingindo algumas populações tradicionais que porventura povoem os locais.
E pensar que os digníssimos parlamentares foram eleitos também tendo-se em vista dos anseios populares de melhor qualidade de vida. E pensar que a imprensa e os grandes ruralistas estão por trás dos ensejos de enfraquecer o potencial produtivo mais saudável do MST.
segunda-feira, 27 de agosto de 2018
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