quinta-feira, 23 de agosto de 2018

Bolsonaro e a crise pessoal 2: quem ele se demonstra

Ao fim do longo debate, os candidatos trocaram cumprimentos cordiais. Jair Bolsonaro idem, embora um pouco contido após os embates com adversários como Cabo Daciolo e Marina Silva. É nesse ínterim que os repórteres dos diversos canais de imprensa abordam os candidatos para as entrevistas.
Dentre os vários repórteres, destacou-se um jovem, que entre outras perguntas, perguntou a Bolsonaro sobre o conteúdo da "cola" escrita na palma da mão esquerda durante o debate. Foi aí que o militar se irritou, passando a confrontar o jornalista com bravatas jocosas como "você quer saber a cor da minha cueca?".
Esta cena agressiva foi parar nas redes sociais, recebendo uma gama de comentários diversos, muitos deles criticando a postura do candidato como desnecessária e destemperada, e outros a favor, voltando-se contra o jornalista quanto ao interesse dele pela cola.
Por incrível que pareça, é nessas horas infames que podemos perceber detalhes que servem de alerta para os espectadores. Se, de um lado, nessa hora a atribuição jornalística parece tão constrangedora, uma vez que é inescapável expor a estes e outros infortúnios, por outro lado é possível desmascarar o candidato em suas intenções e/ou caráter, pois uma cola, por mais inocente e infantil que pareça ser, revela muito de seu autor.
É justamente nessas horas que o eleitor se oportuniza de experimentar a grande chance de refletir sobre a sua escolha prévia. Se mesmo assim manter a mesma escolha, por um lado é direito, mas por outro, também se torna um indicador do caráter ou da qualidade do senso crítico do próprio eleitor.

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