Marina Silva: as pérolas metamorfósicas de uma bissexta
Após muito tempo assumindo a cara da militância de esquerda, Marina Silva assume há algum tempo dar muitas voltas nos caminhos políticos. E ultimamente tem sido lembrada pelo povo apenas nos anos de campanha eleitoral para a presidência da República.
Em 2010, atuando no PV, partido que registrou a sua marca como ambientalista após sua passagem pelo Ministério do Meio Ambiente no primeiro governo Lula, ela faz a sua primeira campanha: "É preciso manter as conquistas, reparar os erros e superar os novos desafios", disse então.
Perdida a eleição para Dilma Rousseff, ela pareceu sumir de cena novamente, até que, quando da campanha de 2014, ela se filia ao PSB e, após um acordo, lança-se em campanha como vice na chapa com o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, também do PSB.
Mas Eduardo Campos morre na queda de avião em São Paulo, e Marina então assume a campanha em seu lugar. Seu slogan: "No Brasil que temos, precisamos manter as conquistas, corrigir os erros e superar os novos desafios, para chegar ao Brasil que queremos".
Resultado: derrotada no primeiro turno das eleições, ela passa a apoiar Aécio Neves. Viu sem candidato derrotado nas eleições por diferença mínima, e sumiu de novo.
Em 2018, Marina retorna, já na linha de frente, tendo como vice Eduardo Jorge. E, junto, traz sua "nova" pérola": "Se eu ganhar a Presidência, vou manter as coisas boas, corrigir as coisas erradas e encarar os novos desafios".
Restará aos seus eleitores - que não são raros - verificar se a bissexta Marina inovou em seu discurso, e decidir se mantêm, ou não, a fidelidade bissexta em seu voto.
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