Roda
Viva: na linha de tiro entre “bolsominions” e “petistas”
O
Programa Roda Viva foi escalado para sabatinar os presidenciáveis deste ano.
Guilherme Boulos (MTST, PSOL); Geraldo Alckmin (PSDB-SP); Manuela D’Ávila (PC
do B-RS) e Ciro Gomes (agora no PDT-CE) já passaram por lá, e os últimos, Jair
Bolsonaro e Álvaro Dias. Normal, já que o Roda Viva há tempo se apraz nessa
nobre função.
A
série de sabatinas com nomes tão diversos causou rebuliços nas redes sociais,
revelando a audiência relativamente alta nas entrevistas. Claro, afinal, os
eleitores esperam saber do que pensam os candidatos, o que é inteiramente
normal, a despeito do arrastar insistente do esquema político, com discursos
lindos, mas já desgastados.
Os
dois rebuliços mais relevantes foram os que envolveram Manuela e Bolsonaro,
ideologicamente bem opostos. A entrevista com a jovem comunista foi
classificada por seus simpatizantes como “reacionária e inquisidora”. Já os do militar julgaram como “esquerdopata”: os alvos dos
ataques passaram a ser os jornalistas e não os candidatos.
Há
um bom tempo as relações entre a população e o jornalismo andam estremecidas. E
nesse ano quente, eleitoral, onde nomes, políticos e juristas, têm notado notoriedade
gritante, seja para serem atacados, ou endeusados como salvadores da pátria.
Isso porque o povo, dentro ou fora das redes, toma informação dos fatos através
da ação jornalística.
há quem julgue o jornalismo brasileiro como desgastado ou morto. De certa forma, carece de certa originalidade. Mas a conjuntura do momento tem mostrado um caráter mal alfabetizado politicamente, mas não morto, definitivamente. Tendenciosas ou não, as sabatinas do Roda Viva têm mostrado que o nosso jornalismo tem mediado a crise entre o povo e a classe política. Para o bem ou para o mal.
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