quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Se eu fosse presidente da República...

                Como qualquer trabalhador com experiência de luta, tenho certo fascínio por política. Mas bem sinceramente, nunca me interessei em concorrer, de fato, a um cargo eletivo político. Mas tal posição nunca me impediu dar asas à imaginação, afinal a própria realidade que desfila diante de nossos olhos todos os dias nos inspira a isso.
                Qual seria o partido? Interessante, ao elucubrar descubro não chegar a um, dentre tantas siglas diferentes, muitas delas sequer traduzidas em extenso entre o povaréu. Mas, que seja aquele que não tenha medo de pôr em prática políticas típicas de esquerda liberal ou de socialdemocracia plena, o que considero certo, afinal não custa sonhar.
                Mas um ponto muito crucial na construção de um governo é a composição ministerial. Afinal, o número historicamente grande de ministérios se tornou folclore republicano, além de ter ganhado significado de cabides de emprego – não tanto sem razão, apesar da necessidade de tais órgãos para dirigir a máquina pública do executivo num país continental e tão complexo.
                Mas, a despeito de algumas incongruências, a fusão de ministérios no governo Bolsonaro nos mostra que um enxugamento é possível, desde que não mitigue ou extinga o potencial de governabilidade. É bastar ter noção de interdisciplinaridade de temas ou assuntos para formar certas pastas. O meu ministério seria da seguinte maneira:
                Casa Civil (MCC); Planejamento e Gestão (MPOG); Economia e Fazenda (MEF); Agricultura e Reforma Agrária (MARA); Educação, Esporte e Cultura (MEC); Infraestrutura (MI, junta Cidades, Transportes e Saneamento); Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação (MCTIC); Trabalho e Lazer (MTL, inclui justiça do trabalho), Meio Ambiente e Recursos Renováveis (MMAR, inclui áreas indígenas, ribeirinhos, quilombolas e outros povos tradicionais), Defesa e Segurança Pública (MDSP), Saúde (MS); e Justiça e Direitos Humanos (MJDH).
                O rearranjo ministerial da minha hipotética presidência revaloriza pastas extintas no governo atual como Trabalho e Cultura. Reforma Agrária se destaca na pasta da Agricultura, bem como a demarcação de terras indígenas e de demais povos tradicionais extrativistas é responsabilidade da de Meio Ambiente. O destaque de Direitos Humanos na Justiça projeta o real e amplo significado e a responsabilidade da Justiça enquanto instrumento de proteção equânime da diversidade social.
                Se a grande quantidade de ministérios no período petista foi criticada pelos oposicionistas por “inchar o Estado”, bom saber que as fusões não significam obrigatoriamente enxugamento por exoneração de servidores. Pois são eles que fazem a máquina pública funcionar, inclusive são essenciais para denunciar crimes contra o erário público. A questão é, portanto, que fusão de ministérios é redirecionar a administração pública e garantir a governabilidade, tão esperada pelos brasileiros.
De 2/1/2019.

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