Um resumido histórico sobre Glenn Greenwald
Como já se sabe, a fonte responsável pela divulgação de vazamentos dos diálogos com irregulariddes entre Sergio Moro e Deltan Dallagnol é o The Intercept Brasil. O tento dos diálogos foi impedir a volta do PT ao poder.
The Intercept (em tradução livre, 'o interceptor') é uma das muitas mídias startup patrocinadas pelo eBay, fundado e comandado pelo francês Pierre Omidyar, magnata das comunicações no mundo.
Antes da notícia dos vazamentos, a citada startup não chamava a atenção da geral, já viciada na grande mídia. Ela só ficou conhecida amplamente graças ao caso Moro-Dallagnol, que bombardeia a política brasileira.
A citada startup foi fundada por Laura Poitras, Jeremy Carhill e Glenn Greenwald, este último estadunidense, residente no Brasil há uns 15 anos. É casado com o deputado federal David Miranda (PSOL-RJ) desde 2005, com 2 filhos.
Glenn nasceu em 1967 na cidade de Nova York, vindo de uma família judia, mas se revelava sem religião. Atuou inicialmente como advogado constitucional, trocando pelo jornalismo. Também é escritor.
Sua área jornalística predileta é a investigação do mundo político, indo parar no jornal britânico The Guardian, em 2012, logo se destacando.
Foi no The Guardian que atuou na revelação pública da vigilância global pela Agência de Segurança Nacional (NSA, EUA) a partir de contato inicial do ex-técnico Edward Snowden, que no final acabou se exilando em local ignorado na Rússia.
Atuando na comissão de frente da série de reportagens investigativas do caso, Glenn foi premiado em 2013 com um George Polk de Reportagens sobre Segurança Nacional e deu, para os britânicos, mais respaldo ao The Guardian.
Essa experiência levou Glenn a impôr ao The Intercept um jornalismo investigativo de alto impacto, com especial atenção a temas como corrupção, violações de direitos civis por políticos e oligarquias do capitalismo financeiro.
Foram vários os prêmios concedidos a Glenn, espcialmente em 2013. Entre eles, o Esso de Excelência em Reportagens Investigativas no Brasil (foi o primeiro estrangeiro), e o de Pioneirismo da Electonica Frontier Foundation. Em 2014, o cobiçado Pullitzer.
Tal currículo preocupa governo federal e a nossa grande mídia, que tentam barrar novos "derrames", afrontando o princípio da liberdade de expressão. Nesse ínterim, a defesa de Lula protocola ao STF novo julgamento de recurso de soltura.
Todo esse alvoroço dramático se deve a apenas 3% de conteúdo vazado divulgado pela startup, segundo Glenn, o que pode significar que o pior ainda está por vir.
Governo, congresso e grande mídia sabem que a coisa é feia e Glenn não está para brincadeira. Sabem que a matéria inteira pode elevar a crise política a um nível insustentável. Glenn Greenwald é um tiro no pé do próprio governo Bolsonaro.
sábado, 22 de junho de 2019
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