quarta-feira, 31 de julho de 2019

Manuela e a dupla Moro-Dallagnol: duas faces de uma moeda

       Essa pérola aqui pode apenas mostrar uma cortina de fumaça q ocorre em meio à bomba da Portaria 666 do ministro Sergio Moro, mas merece uma vezinha aqui. Na próxima escreverei sobre.
       Como a geral já sabe, Moro e Dallagnol caíram na malha da Vaza-Jato há um tempo. Para ganhar tempo (e grana) culpam hackers, já desmentidos pelo premiado Greenwald. Agora, um novo nome aparece: Manuela D'Ávila.
       Enquanto os diálogos dos dois primeiros vazaram no The Intercept, a ex-candidata a vice de Haddad se dispôs a entregar seu celular com mensagens de um desconhecido no Telegram. Desconhecido que pode ser, ou não, um hacker.
       As reações nas redes sociais foram imediatas, como é de praxe na internet. Numerosos foram os elogios, ressaltando-lhe o "ato de coragem e dignidade de uma mulher de verdade". Mas não foi unanimidade.
       Do outro lado, enxurrada parecida foi a de reações negativas, em defesa de Moro e do governo Bolsonaro. Mas, parece que a proemiência não foi a mesma: efeitos do derrame do The Intercept?
       Toda via, a disposição de Manuela não é gratuita. Formada em Direito, sabe que não é só investigação que conta. Afinal, com Moro no poder, nomes da esquerda ou ligados a Lula têm sido os alvos da ação seletiva da suprema justiça.
       O que se destaca, de todo modo, é que a questão ética de entregar ou não o aparelho com mensagens suspeitas originou uma moeda bastante singular, de duas faces inteiramente opostas entre si, em posição e intenção.
       De um lado, a face Manuela; de outro, a  da dupla Moro-Dallagnol.
     
     
     

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