Nessa quarta-feira, em forma impressa e online, a grande mídia brasileira divulgou, em letras garrafais, uma nova proposta de reforma elaborada pelo Ministério da Economia.
Na verdade, trata-se da reforma de Estado mais radical e profunda de Estado assinada pelo ministro Paulo Guedes.
Com objetivos essencialmente arrecadatórios, o referido documento expressa forte concordância com a reforma administrativa na redução de cargos de 300 para 30, e a diminuição temporária de carga horária e e salários.
Concorda com a reforma da previdência quanto ao achatamento de benefícios de aposentadorias e pensões, mesmo pra quem já está aposentado, e na maior alíquota previdenciária dos servidores públicos.
E também com as reformas trabalhista e da liberdade econômica quanto à questão das desonerações das empresas e ao tributar (ainda mais) 13º e férias na folha salarial, descontando ainda mais no contracheque dos trabalhadores.
Agrega até detalhes relativos à partilha de royalties de petróleo, que não seriam mais destinadas a saúde e educação - um detalhe, aliás, controverso.
Spoiler: a proposta corta até metade dos recursos a serem destinados a educação, saúde e outros serviços essenciais em 2020.
Especialistas já avaliaram o texto original entregue ao Parlamento, onde também já há comentários. Com um detalhe: as avaliações mais destacadas são negativas.
Eles o consideram uma "proposta de aberrações" que pode paralisar a máquina pública. E não é sem razão: além do funcionamento estatal, o investimento público atrai investimentos privados.
E não poderia dar em outra, após o impostômetro de São Paulo anunciar o recorde de R$ 2 trilhões de reais em pleno outubro. Afastando em definitivo o déficit.
O problema não está na falta de recursos desmentida pelo impostômetro, mas na ambição do investidor Paulo Guedes, que quer repassar tudo ao sistema financeiro, submetendo governos e nações à ditadura do capital.
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