Covid-19: Bolsonarismo vs Mandetta
Nessa semana, noticiosos viralizaram a atuação do ministro da Saúde Mandetta sobre os cuidados da população com o Corona. O presidente Jair Bolsonaro não gostou.
Mas a contrariedade entre eles já existia, desde a divulgação dos primeiros dados sobre o forte aumento de infecções divulgado pela GloboNews, que tem feito boa cobertura.
Mandetta foi substituído por um general para a atualização dos dados da pandemia na sala de coletiva de imprensa. Não foi uma demissão, mas transferência de responsabilidades.
Embora limitado a atualizar as informações epidemiológicas de Covid-19 para a imprensa, o general já deixou mostras de que não apoia a minimização do problema pelo presidente.
Médico, Mandetta endossou a gravidade da pandemia e aconselhou ao povo higiene maior das mãos, não tocar o rosto, procurar médico quando gripado e isolamento social, conforme as regras internacionais da OMS.
Governos endureceram regras fechando fronteiras. Localmente, após resistência inicial, o povo não teve mais acesso a bares, praias, cinemas e templos religiosos, que foram fechados.
Todavia, inspirado pelo prefeito da italiana Milão, Bolsonaro abriu campanha contrária visando normalizar o mercado, botando Mandetta na berlinda. Este abrandou o discurso.
Uma estratégia política, para evitar descontrole do presidente e a nomeação de um olavista em seu lugar.
Entretanto, alguns políticos, como o prefeito da italiana Milão, e Bolsonaro, priorizaram o mercado abrindo campanha de volta ao normal. Mas a justiça brasileira barrou a campanha após o saldo de 4400 milaneses mortos pelo Corona.
Detalhe: a publicidade custou perto de 5 milhões de reais em dinheiro público.
Se Bolsonaro e Guedes recuaram, o mesmo não se pode dizer do clima entre o presidente e o ministro. Tanta confusão tendo como tema quem não está nem aí: o Corona.
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