Olavismo, uma base bolsonarista
Conforme prometido no último artigo de fevereiro, este visa abordar o olavismo e a sua relação com o bolsonarismo.
Mas, o que é olavismo? Por que passou a ser um pilar do bolsonarismo, chegando a influenciar algumas políticas do governo?
Como introdução será apresentada uma breve biografia de Olavo Luiz Pimentel de Carvalho, vulgo Olavo de Carvalho.
Natal de Campinas (1947), Olavo de Carvalho entrou na militância política ainda na juventude, no PCB, contra a ditadura militar. Mas, tempos depois, se torna um radical anticomunista, assumindo-se francamente conservador.
Sem diploma superior, Olavo trabalhou em vários jornais, entre eles Globo, Época, Zero Hora, Diário do Comércio. Deu curso de extensão para estudantes de Psicologia sobre Astrologia. Sim, se assume astrólogo.
Além de astrólogo, é ensaísta e digital influencer no Youtube (Brasil Paralelo e canal próprio). Reside há 15 anos em Richmond, Virgínia, EUA.
Todavia, a tônica de Olavo é a sua posição polêmica, que confronta ciência, filosofia, sociologia e regimes políticos não conservadores vigentes: o olavismo.
O radical ismo do termo indica uma ideia sistemática, logo, sendo uma ideologia assumida. Daí a qualificação frequente a Olavo feita pela mídia como ideólogo.
Além de astrólogo, é ensaísta e digital influencer no Youtube (Brasil Paralelo e canal próprio). Reside há 15 anos em Richmond, Virgínia, EUA.
Todavia, a tônica de Olavo é a sua posição polêmica, que confronta ciência, filosofia, sociologia e regimes políticos não conservadores vigentes: o olavismo.
O radical ismo do termo indica uma ideia sistemática, logo, sendo uma ideologia assumida. Daí a qualificação frequente a Olavo feita pela mídia como ideólogo.
Terra plana, geocentrismo, malefícios da vacina e benefícios do cigarro à saúde são alguns exemplos da sua anticiência. Os dois primeiros ele explica pelas descrições astrológicas, acusando a Nasa de desqualificar a Astrologia.
Na antipolítica, a aversão a regimes democráticos e laicos e a defesa ferrenha nos conservadores morais, pseudolaicos e ultraneoliberais econômicos. Há um porém: a péssima relação com militares, como no governo Bolsonaro.
Também se destaca nos insultos mal educados contra cidadãos e políticos que defendam os saberes científicos, políticas democráticas e laicidade.
Toda essa categoria insólita não o impediu de entrar nas entranhas políticas de alguns governos bem conservadores como os da Hungria e do Brasil. Esteve presente em almoço da comitiva de Bolsonaro com Donald Trump em Washington.
Mas tal fato ainda não evidencia a influência de Olavo no governo Bolsonaro, mas sim a sua última palavra em indicar nomes. Olavo é sempre consultado nesse caso quando ocorre de substituir um ministro, como ocorreu no MEC.
Ministros indicados: chanceler Ernesto Araújo, Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Abraham Weintraub (MEC, após outro seguidor, Ricardo Vélez), e Damares Alves (da Mulher, Família e DHs).
Weintraub defende o criacionismo cristão ferrenho de Olavo como conhecimento obrigatório na educação básica. Araújo já defendeu o autor e a ideologia limitando-se em justificar a "liberdade de expressão".
Damares já foi indagada sobre a sua ligação com Olavo de Carvalho, respondendo numa postura idêntica à de Araújo. Para evitar constrangimentos, claro.
O próprio Jair Bolsonaro foi eleito se autoproclamando antipolítico, antissistema, cristão ferrenho. Exatamente como Olavo. Mesmo, na prática, alimentando muito bem o velho e viciado sistema político brasileiro.
Apesar de tão insólito quanto constrangedor, Olavo de Carvalho tem um triunfo na manga: ser o guru desses governos indicando discípulos nas equipes. E ganhou uma nova legião de seguidores entre os bolsominions fanáticos.
E nessa seara, evidencia-se o olavismo mais do que uma simples seita ideológica assistemática. Ela se tornou um alicerce sólido do próprio bolsonarismo, e também do desmonte progressivo da nação.
Na antipolítica, a aversão a regimes democráticos e laicos e a defesa ferrenha nos conservadores morais, pseudolaicos e ultraneoliberais econômicos. Há um porém: a péssima relação com militares, como no governo Bolsonaro.
Também se destaca nos insultos mal educados contra cidadãos e políticos que defendam os saberes científicos, políticas democráticas e laicidade.
Toda essa categoria insólita não o impediu de entrar nas entranhas políticas de alguns governos bem conservadores como os da Hungria e do Brasil. Esteve presente em almoço da comitiva de Bolsonaro com Donald Trump em Washington.
Mas tal fato ainda não evidencia a influência de Olavo no governo Bolsonaro, mas sim a sua última palavra em indicar nomes. Olavo é sempre consultado nesse caso quando ocorre de substituir um ministro, como ocorreu no MEC.
Ministros indicados: chanceler Ernesto Araújo, Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Abraham Weintraub (MEC, após outro seguidor, Ricardo Vélez), e Damares Alves (da Mulher, Família e DHs).
Weintraub defende o criacionismo cristão ferrenho de Olavo como conhecimento obrigatório na educação básica. Araújo já defendeu o autor e a ideologia limitando-se em justificar a "liberdade de expressão".
Damares já foi indagada sobre a sua ligação com Olavo de Carvalho, respondendo numa postura idêntica à de Araújo. Para evitar constrangimentos, claro.
O próprio Jair Bolsonaro foi eleito se autoproclamando antipolítico, antissistema, cristão ferrenho. Exatamente como Olavo. Mesmo, na prática, alimentando muito bem o velho e viciado sistema político brasileiro.
Apesar de tão insólito quanto constrangedor, Olavo de Carvalho tem um triunfo na manga: ser o guru desses governos indicando discípulos nas equipes. E ganhou uma nova legião de seguidores entre os bolsominions fanáticos.
E nessa seara, evidencia-se o olavismo mais do que uma simples seita ideológica assistemática. Ela se tornou um alicerce sólido do próprio bolsonarismo, e também do desmonte progressivo da nação.
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