Quem de fato governa o Brasil?
A cada quatro
anos, os brasileiros dos 16 aos 70 anos obrigatoriamente vão às urnas para teclar
os números de governador, deputado estadual e federal, senador e presidente da
República.
O pleito de 2018 para governadores e presidente foi impulsionado sobretudo pelo retorno ao conservadorismo político de capitalismo aberto defendido nas manifestações pós-2014, durante o frágil e inconcluso segundo governo de Dilma
Rousseff.
Entra o personagem
Bolsonaro, defensor da moral cristã ferrenha e disciplina militar expressada ao
nomear vários militares e pastores na sua equipe. Nessa esteira ideológica
se elegem vários governadores, como Witzel no RJ e Doria em SP.
Na esfera econômica impera um senhor baixo, soturno e tão reativo quanto o chefe, a tentar impor, em várias reformas, um contexto neoliberal hoje depreciado lá fora. Um dos Chicago Boys de Harvard, que implantaram a financeirização do capital nos anos 1980-90.
A universidade de Harvard formou laureados com Nobel como o ex-presidente Barack Obama e cientistas das áreas naturais e da saúde. O mercado de capitais dos Chicago Boys formou rentistas que hoje compõem o topo da elite do mundo.
Mediante compra de ações em Bolsa de Valores, o rentismo é a acumulação de capital improdutivo, que só serve para proporcionar uma vida nababesca impossível até para celebridades de ponta das artes e do esporte. Não serve para nada.
São rentistas os banqueiros quanto donos dos maiores oligopólios (empresas) do planeta. Nada servem à economia de Estados-nações, mas são os beneficiários de Paulo Guedes.
Foi nesse intuito que ele trabalhou no Chile de Pinochet, levando as classes trabalhadoras à miséria via capitalização previdenciária, cerne não alcançado no texto aprovado aqui. Mas ainda é um ponto em aberto, perigo iminente.
A reforma administrativa que subestima o valor da Lei 8112/1990 (a CLT dos servidores públicos) em numerosos pontos está para ser votada. No momento está em segundo plano pela nova prioridade: a reforma tributária.
Reforma esta que, palestrada como uma dádiva de combate a privilégios, tem como cerne aumentar ainda mais a carga tributária da classe trabalhadora, inclui-la na dedução de IR, achatar o FGTS de 40% a 2% (sério!), e retomar sobre a capitalização da previdência.
Não bastando o fingido lamento de Bolsonaro aos 100 mil mortos por Covid-19 (tema do próximo artigo), Guedes não esconde seu cinismo em menosprezar as vidas perdidas em prol de propostas egoístas que prometem ferrar o já alquebrado Estado.
Isso, no alcance da marca horrenda de 100 mil mortos e mais de 3 milhões de diagnosticados com Covid. O esgar de dois genocidas.
Como narrado em artigo já publicado, Guedes atua atrás da cortina do palco governamental, mas é o grande protagonista nos rumos do governo, enquanto o chefe mostra indiferença em meio às bravatas e palhaçadas.
Como o chefe daquela que foi eleita por Bolsonaro como a mais importante das pastas de seu governo, Paulo Guedes dita os rumos a serem seguidos pelo Brasil sob seus desígnios. Sim, é ele, Guedes, quem realmente governa.
Ainda que seja para um cenário de horror nunca antes imaginado na nossa história recente.
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Na esfera econômica impera um senhor baixo, soturno e tão reativo quanto o chefe, a tentar impor, em várias reformas, um contexto neoliberal hoje depreciado lá fora. Um dos Chicago Boys de Harvard, que implantaram a financeirização do capital nos anos 1980-90.
A universidade de Harvard formou laureados com Nobel como o ex-presidente Barack Obama e cientistas das áreas naturais e da saúde. O mercado de capitais dos Chicago Boys formou rentistas que hoje compõem o topo da elite do mundo.
Mediante compra de ações em Bolsa de Valores, o rentismo é a acumulação de capital improdutivo, que só serve para proporcionar uma vida nababesca impossível até para celebridades de ponta das artes e do esporte. Não serve para nada.
São rentistas os banqueiros quanto donos dos maiores oligopólios (empresas) do planeta. Nada servem à economia de Estados-nações, mas são os beneficiários de Paulo Guedes.
Foi nesse intuito que ele trabalhou no Chile de Pinochet, levando as classes trabalhadoras à miséria via capitalização previdenciária, cerne não alcançado no texto aprovado aqui. Mas ainda é um ponto em aberto, perigo iminente.
A reforma administrativa que subestima o valor da Lei 8112/1990 (a CLT dos servidores públicos) em numerosos pontos está para ser votada. No momento está em segundo plano pela nova prioridade: a reforma tributária.
Reforma esta que, palestrada como uma dádiva de combate a privilégios, tem como cerne aumentar ainda mais a carga tributária da classe trabalhadora, inclui-la na dedução de IR, achatar o FGTS de 40% a 2% (sério!), e retomar sobre a capitalização da previdência.
Não bastando o fingido lamento de Bolsonaro aos 100 mil mortos por Covid-19 (tema do próximo artigo), Guedes não esconde seu cinismo em menosprezar as vidas perdidas em prol de propostas egoístas que prometem ferrar o já alquebrado Estado.
Isso, no alcance da marca horrenda de 100 mil mortos e mais de 3 milhões de diagnosticados com Covid. O esgar de dois genocidas.
Como narrado em artigo já publicado, Guedes atua atrás da cortina do palco governamental, mas é o grande protagonista nos rumos do governo, enquanto o chefe mostra indiferença em meio às bravatas e palhaçadas.
Como o chefe daquela que foi eleita por Bolsonaro como a mais importante das pastas de seu governo, Paulo Guedes dita os rumos a serem seguidos pelo Brasil sob seus desígnios. Sim, é ele, Guedes, quem realmente governa.
Ainda que seja para um cenário de horror nunca antes imaginado na nossa história recente.
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