terça-feira, 31 de março de 2020

Corona vs Bolsonaro: o futuro

Bolsonaro nomeia coronavirus no lugar de Weintraub: "Mais rápido ...     A confirmação dos primeiros casos de Covid-19 no Brasil e seu posterior crescimento levaram as autoridades em geral a reconhecer o perigo da novidade para a população e para a economia.
     E o perigo se consolida aos poucos conforme os dados oficiais do MS - e as subnotificações - aumentam, ceifando qualquer confiança naqueles números.
     E junto, a tensão entre o presidente Bolsonaro, que é contra as recomendações de isolamento da OMS, e Mandetta, médico à frente do MS, que também politicamente se decidiu favorável às medidas em ampla escala, ainda restringidas pela realidade brasileira.
     Realidade brasileira esta fartamente mostrada no artigo anterior.
     Contrário, e refratário aos alertas das autoridades, Bolsonaro continua a sua ciranda macabra no poder, ao ponto de, mais uma vez, protocolarem o seu afastamento por vias legais.
     Motivos não faltam e se arrastam em lista crescente a cada denúncia. A mais recente tem como tema comportamentos que contariam o reconhecimento global da pandemia, que registra mais de 3000 confirmados, 202 dos quais mortos no país.
     Tal denúncia, do deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG), acusa o presidente de prática de crime previsto no art. 268 do Código Penal, que tipifica "infringir determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa".
     A conduta também contraria a Portaria 359 do MS e a Lei 13.979, sancionada pelo próprio Bolsonaro. Destaca a petição:
"O crime ora imputado ao Sr. Presidente da República é classificado como delito formal e de perigo abstrato, sendo desnecessário para a sua configuração a efetiva comprovação de introdução ou propagação de doença contagiosa, bastando, portanto, a assunção do risco e o efetivo descumprimento da medida sanitária preventiva".
     A petição expõe uma figura contraditória e bizarra, que despreza elementos legais que não poupam, em teoria, até chefes de Estado/Governo. Mas essa contradição é antiga e muito bem conhecida, contradizendo o personagem impoluto vendido no período eleitoral.
     Defesa às milícias e aos amigos a elas ligados, indecoros e insultos a jornalistas e mulheres, desprezo a minorias, incentivo a ataques em indígenas e áreas naturais, e abusos de poder político e econômico são exemplos de suas "aventuras".
     Como diz Paulo Ghiraldelli, docente em Filosofia da Unifesp aposentado e hoje blogueiro e youtuber, Bolsonaro é um vírus político, usando ideologicamente o Corona a seu favor, daí o seu desprezo pelo poder do Corona.
     Mas, tudo tem seu preço. O presidente acha que tem o futuro em mãos. Só que não: talvez não seja as muitas denúncias, notícias-crime e petições a darem a sentença-fim. Esta poderá vir de algo tão poderoso quanto invisível: o Corona.


Crédito da imagem: Revista Piauí, via Google Imagens

Projeções Corona vs Bolsonaro

     Conforme narrado no artigo anterior, as relações entre Jair Bolsonaro e Henrique Mandetta estão bastante tensas, tendo a pandemia de Covid-19 como assunto. Mesmo assim o ministro, como médico, insiste em seguir a OMS.
     Enquanto isso, Bolsonaro fez um tour por Brasília e suas adjacências num encontro com populares, com muitos dos quais tirou fotos e teve contatos físicos. O evento foi acompanhado por jornalistas de várias mídias.
     O presidente minimizou o problema mais uma vez, insistiu na propaganda da cloroquina como o caminho da cura, e disse que "todos vamos morrer um dia".
     Enquanto isso também, outras equipes jornalísticas, como a da Globo News, divulgavam atualizações estatísticas do Ministério da Saúde sobre infectados, hospitalizados e mortos no Brasil e Estados.
     O exterior também estava de olho nas estatísticas brasileiras do Corona. Recentemente, saiu um estudo do Imperial College de Londres, estimando os números de mortos correlacionando com a medida adotada. A imagem acima se refere a este estudo.
     No isolamento intensivo, a estimativa média de 44 mil óbitos seria baixa em relação ao total da população do país. Se só idosos isolados, 529 mil estimados é muito maior. Se isolamento social leve, pouco mais. Mas, sem qualquer isolamento, 1,1 milhão de mortes.
     O estudo revela dois detalhes: o isolamento social não é milagre, mas inibe o surto; e o idoso isolado aponta que o maior problema não é a faixa etária, mas o grupo de risco por doenças crônicas prévias, neoplasia, gravidez e imunodepressão.
     O status brasileiro tem sido de isolamento leve, que agora se intensifica, após um boom dos números de infectados e mortos no Sudeste, admitido pelo MS. Mas são vários motivos que agravam a desconfiança aos números oficiais.
     A promiscuidade habitacional nos cinturões pobres crônicos (famílias grandes em espaços exíguos), de baixo acesso à higienização, e a exposição da crescente população sem-teto à desnutrição e patógenos perigosos.
     Resistência popular inicial às primeiras medidas dos governadores, recursos escassos de EPI para profissionais de saúde e restrição normativa de testagem sorológica a pacientes com sintomas sugestivos de Covid-19, contrária à OMS.
     E, como se não bastasse, a prioridade em mimar banqueiros, agora em vergonhosa cifra de R$ 1,2 trilhão, negação de recursos à saúde e a vergonhosa posição do presidente e de muitos da classe patronal brasileira, os únicos contrários no mundo à OMS.
     A mídia revela o mundo subnotificado, na dor das famílias com a perda de seus entes que morreram com sintomas gripais, sem testagem e, daí, sem diagnóstico, ficando de fora das estatísticas oficiais do MS.
     Alheio a tudo isso, isolado dos governadores, de boa parte do Legislativo e do mundo, Jair Bolsonaro se infla como líder eleito pelos 39% mais radicais da nação. Não ouve Mandetta, ao contrário das claques políticas citadas.
     Embora se sinta onipotente em desautorizar Mandetta e deteriorar institucionalmente o MS, Bolsonaro se sente um vírus a desafiar o Coronavírus - e ele tem sido, de fato, virulento nas suas ações necropolíticas.
     Mas, deveria estar ciente de que tudo tem um preço. O Corona parece quietinho. Só parece. Pois um dia ele vai deixar, para ele, família, asseclas e o próprio bolsonarismo, as suas lições. Sim, o invisível Corona vai dar seu recado diretamente aos líderes.
Crédito da imagem: Google Imagens
     

domingo, 29 de março de 2020

Covid-19: Bolsonarismo vs Mandetta


     Nessa semana, noticiosos viralizaram a atuação do ministro da Saúde Mandetta sobre os cuidados da população com o Corona. O presidente Jair Bolsonaro não gostou.
     Mas a contrariedade entre eles já existia, desde a divulgação dos primeiros dados sobre o forte aumento de infecções divulgado pela GloboNews, que tem feito boa cobertura.
     Mandetta foi substituído por um general para a atualização dos dados da pandemia na sala de coletiva de imprensa. Não foi uma demissão, mas transferência de responsabilidades.
     Embora limitado a atualizar as informações epidemiológicas de Covid-19 para a imprensa, o general já deixou mostras de que não apoia a minimização do problema pelo presidente.
     Médico, Mandetta endossou a gravidade da pandemia e aconselhou ao povo higiene maior das mãos, não tocar o rosto, procurar médico quando gripado e isolamento social, conforme as regras internacionais da OMS.
     Governos endureceram regras fechando fronteiras. Localmente, após resistência inicial, o povo não teve mais acesso a bares, praias, cinemas e templos religiosos, que foram fechados.
     Todavia, inspirado pelo prefeito da italiana Milão, Bolsonaro abriu campanha contrária visando normalizar o mercado, botando Mandetta na berlinda. Este abrandou o discurso.
     Uma estratégia política, para evitar descontrole do presidente e a nomeação de um olavista em seu lugar.
     Entretanto, alguns políticos, como o prefeito da italiana Milão, e Bolsonaro, priorizaram o mercado abrindo campanha de volta ao normal. Mas a justiça brasileira barrou a campanha após o saldo de 4400 milaneses mortos pelo Corona.
     Detalhe: a publicidade custou perto de 5 milhões de reais em dinheiro público. 
     Se Bolsonaro e Guedes recuaram, o mesmo não se pode dizer do clima entre o presidente e o ministro. Tanta confusão tendo como tema quem não está nem aí: o Corona.
      
     
     

quinta-feira, 26 de março de 2020

Minúsculo ser, grandes lições


     Como foi tratado no artigo anterior, a primeira consequência da pandemia de Covid-19 foi o pânico generalizado nos governantes com a economia, e nos povos, com a vida.  
     O presente artigo, por sua vez, pretende ser uma parte 2 do anterior, em reflexão a partir do que poderia ser aproveitado pela humanidade em caso de possível colapso geral pós-Corona.
     Reflexão filosófica que pode ser interessante, visto que poucos se atentam para além do processo econômico em si. A filosofia liga as questões naturais e humanas. Não é possível refletir dissociando os elementos.
     Nos países mais críticos, com medidas enérgicas da OMS, a curva cai. Dos mais pobres do mundo pouco se sabe; dos politicamente fechados, nada, e nos com governos autocráticos e caóticos se teme nova subida acelerada.
     Tem-se visto desvalorização do real e queda de bolsas no mundo, estimando-se em até U$ 3 trilhões ao fim da pandemia, com quebra de grandes empresas e instituições financeiras, e muita perda de vidas.
     Num sistema onde a vida dos seres humanos se amarrou ao capital, uma coisa acompanha a outra quase instintivamente. E, como alguém observando escondido à espreita, está o fator natural.
     Sim, a natureza. Enquanto se busca qual animal o chinês teia comido ao contrair o vírus, ela tem sido ignorada pela ênfase utilitarista do sistema econômico e sociopolítico vigente.
     A natureza não dá tréguas e já deu numerosas mostras disso, por mais que se tente domá-la. Ela é onipresente, onipotente, onisciente, impalpável mesmo parecendo o contrário.
     Mas, uma causa perfeitamente palpável explicaria o fenômeno Corona: o Homo sapiens virou uma praga - termo evitado publicamente pelos cientistas devido a valores religiosos e culturais no mundo.
     Esse fator explica um fato infeliz, o massacre de 800 mil pessoas (África, 1994). Por trás da crise política governo a luta de bantos pobres com contra os tutsis, grave degradação ambiental que gerou falta de alimentos e água.
     Cientistas descobriram que vírus de mais de 15 mil anos se revelam pelo derretimento das geleiras, e não conseguem ainda mensurar os efeitos do fenômeno e suas consequências.
     As epidemias e pandemias são frutos da degradação ambiental. Foram assim surtos como os de febres hemorrágicas graves na África sub-Saara e na América tropical, a MERS do Oriente Médio e a SARS no Sudeste asiático. O Corona é igual.
     Nesse sentido, os vírus são um dos instrumentos da natureza para controlar as populações via fatalidade pelas suas graves doenças, com o único fim de restaurar, a duras penas, o frágil equilíbrio da biosfera em todo o complexo.
     E o pós-pandemia? Na filosofia, o Corona é visto como instrumento do sistema sociopolítico e econômico neoliberal, que pode levar a uma das três diferentes visões.
     Na visão neoliberal, as pessoas ficarão mais independentes e consumirão mais. O capital não muda com os grandes eventos, pois sabe que alguns governantes o servirão bem com recursos públicos que poderiam salvar milhares de vidas.
     Spoiler necessário: O Banco Central brasileiro, sem pestanejar, mimou os bancos no valor de pouco mais de R$ 1, 2 trilhão. Isso mesmo: mais de R$ 1,2 trilhão. Servidores de baixo escalão e massa popular terão que cobrir o rombo.
     Segundo o marxista Zizek, as pessoas apelarão ao coletivismo para sobreviverem. Para o chinês Chul-Han, medidas sociais intensivas, solidárias e democráticas serão a solução para o caos. Otimismo demais? Acreditem: já ocorrem exemplos isolados.
     Ainda em plena pandemia, mesmo isolados em seus lares, as pessoas aplaudiram os que seguem tentando salvar vidas ou cantando para os mais tristes, na Europa e na China.
     Bem, pode ser. No interior de MG, famílias populares fazem escambo entre si conforme a necessidade, para estarem bem com as medidas profiláticas já tomadas pelas prefeituras. E mineiro é assim: quando decide é austero mesmo.
     É possível que, visando preparo para novas possibilidades epidêmicas, se invista mais em medidas educativas de proteção, de modo que as pessoas possam seguir sem pânico quando a nova epidemia chegar.
     Sim, tudo isso é muito possível, como também o contrário se os Estados priorizarem mimar o capital inútil do mercado financeiro em detrimento da própria vida humana. E sem vidas humanas o próprio capital não sobrevive.
     Ficam aí as grandes lições perfeitamente cabíveis promovidas pelo microscópico Corona.
     
     
     
     

      
     

segunda-feira, 23 de março de 2020

Covid-19 e o capital


     Após a fragilização do socialismo, hoje restrito a poucos países, uma bomba informativa tomou o mundo. Ela não se deve a essa retração, mas com a sofisticação e maior popularidade da informática e, enfim, da internet em larga escala.
     Entre tantos informes variados, a emergência de novos vírus, como o HIV nos anos 1980,  Ebola africano e os hantavírus das Américas na década seguinte. E, no presente século, os das febres hemorrágicas, gripes asiáticas e do Oriente Médio e, enfim, o Corona.
     O HIV foi inaugurador da era da sofisticação tecnológica da comunicação. As mídias já empregavam a automação passando informação mais rápidas. Ebola e MERS (gripe do Oriente Médio), a informática; e os demais citados, a informação em tempo real.
     A informação em tempo hábil dá às autoridades vantagem de ganhar tempo de lançar suas estratégias para conter ou evitar tragédias como a da pandemia de gripe espanhola que matou mais de 80 milhões em 1917-18.
     Mas, o caso Covid-19 merece reflexão. Ele compete com a força ciclônica da concentração de capital do mercado financeiro, agora com ápice nos países com protagonismo nesse ramo, após a China, maior potência econômica hoje.
     O alerta global logo após a declaração de pandemia de Covid-19 pela OMS é razoável. Mas o primeiro a panicar foi o mercado financeiro, e só depois se noticiou o medo entre os povos, a partir da explosão nos países mais afetados.
     A notícia prioritária do plano econômico se deu porque os grandes do capital financeiro temeram a perda de suas fortunas, sustentadas pelos mais pobres. Eles detêm mais de 50% do capital global, que se torna cumulativo e improdutivo.
     Mas as reações das autoridades no mundo não foram exatamente as mesmas. O chilique foi maior entre os governos liberais agressivos como os da Itália, Hungria, EUA e no Brasil. No primeiro se vê hoje o resultado calamitoso.
     Governantes liberais-democráticos lançaram políticas de contenção, com medidas drásticas de quarentena e higiene e fornecimento de materiais e força-tarefa aos sistemas de saúde. EUA, Cuba e China já pesquisam novos tratamentos e vacinas anti-Corona.
     No Brasil, algo tinha que piorar na era Bolsonaro: Eduardo, o filho, causou forte incidente diplomático com a China, cujo chanceler exigiu retratação do deputado ou do presidente. Mas quem se retratou mesmo foram Rodrigo Maia e Lula.
     Enquanto isso, Guedes-Bolsonaro negligenciam a Covid-19 galopando para cima e logo propuseram cortes que penalizam a maioria popular e "salvar o mercado financeiro".
     Em hipótese de descontrole global, a pandemia poderia causar um colapso nos sistemas de saúde pública já supersaturados; e no outro, crash nas bolsas de valor e falência de gigantes empresariais e do mercado financeiro.
     E hoje até o momento não conhecemos uma versão moderna de Roosevelt para meter um New Deal high tech para reerguer as garantias de proteção social que vem sendo corroídas e o próprio mundo capitalista.
     Para quem não sabe: o New Deal foi imposto nos anos 1930 por Franklin Roosevelt, então presidente dos EUA, e priorizou atender às necessidades populares, e favorecer o mercado.
     A pandemia ainda vai durar algum tempo. E, quem sabe, o Corona, minimizado por nomes extremistas como Bolsonaro, possa dar as lições que a humanidade, principalmente quem está "lá em cima", possa aprender. A duríssimas penas. 
     
     
     

     
     

quinta-feira, 19 de março de 2020

Bolsonaro, vetor do Corona?


     Nesse último domingo, dia 15/3, houve manifestos pelo Brasil a favor de Bolsonaro, e de quebra, contra o Congresso e o STF, logo após o retorno da comitiva presidencial dos EUA.
     Em Brasília, mesmo após informes de vários da comitiva provadamente infectados, Bolsonaro descumpriu a quarentena imposta pelo Ministério da Saúde e se juntou à multidão de fãs, com selfie de rosto colado e tudo.
     Detalhe: além dos seguranças, ele estava acompanhado pelo diretor-presidente da Anvisa, que é médico, que fotografava e filmava.
     Como o episódio circulou em todas as mídias, daqui e do exterior, a repercussão só pode ser negativa, desencadeando uma onda de críticas em todo o mundo.
     Não é para menos. Afinal, a pandemia de Covid-19 é uma realidade indiscutível e a proximidade revelou uma imprudência, tanto do presidente quanto de seus fãs. Que pode ser fatal para vários presentes.
     Bolsonaro respondeu às reações contrárias classificando-as de histeria e completou que "o coronavírus é como gravidez, vai passar". 
     A imprensa divulgou seus testes sempre negativos, apesar de praticamente toda a comitiva infectada. E anteriormente, Wajngarten dissera ser "uma gripe de nada". Ele esteve nessa comitiva.
     As informações de repetidos testes sorológicos negativos de Bolsonaro despertaram suspeita em muitos usuários nas redes sociais, que publicaram memes de humor. 
     A suspeita popular faz pleno sentido: como pode uma comitiva inteira se ferrar, e ele não? Aí entram as hipóteses: disfarce jornalístico, OU ser um infectado assintomático/ não doente. Vale discorrer sobre elas.
     A primeira aponta o comportamento da mídia diante dos ataques sistemáticos do governo à liberdade de imprensa, com uma autocensura a esconder o real estado do presidente.
     Mas há de se lembrar também de que tal jogo de informação seja um pretexto de sustentação do mito de certos pastores segundo o qual Bolsonaro é um "vocacionado divino" a liderar a nação - um Messias, portanto.
     A segunda é mais ciência: já foram identificados infectados assintomáticos ou não-doentes, mas vetores potenciais e perigosos do patógeno, por não haver provas de que não sejam transmissores nessas condições.
     Até já foram aventadas conspirações críticas segundo as quais o o presidente teria se aproximado dos manifestantes com o fim de transmitir o Corona. Há sites ou vídeos a respeito, no Youtube ou independentes.
     Tais afirmações mais revelam a fertilidade do imaginário popular do que revelar prova de tal intenção. Daí não se poder tolher a liberdade de pensamento nas redes.
     Por outro lado é impossível negar o forte descaso político com o problema: Paulo Guedes ignora medidas de saúde só pensando no mercado financeiro, e Mandetta quer empresa ligada à eleição à frente do combate à pandemia.
     São ganchos à imprudência do governante, e da população, em relação aos cuidados a serem tomados com a Covid-19. 
     Enfim, após aquele festival de selfies de rosto colado, resta a pergunta: o que irá acontecer com a galera de Brasília? E a imprensa, o que vai publicar sobre? Bem, quem viver, verá. Estamos no aguardo.
     
     
      
     

domingo, 15 de março de 2020

Coronavírus: analisando possíveis verdades - 2

O artigo anterior se dedicou a analisar as informações, algumas controversas, para finalizar com pontos já fundamentados.
     Um dos pontos mais discutidos sobre a família Coronavírus, mais precisamente o vírus desta pandemia, é sobre a polêmica relação com o tipo climático. Controversa, mas passível de algum fundamento. 
     É interessante que, apesar da pandemia declarada pela ONU, os maiores índices se concentram na zona temperada amena, entre a dos trópicos e a temperada fria em ambos os hemisférios. É a faixa de gradação do amarelo ao esverdeado claro.
     Essa faixa tem climas diferentes, mais secos ou úmidos conforme a latitude, com invernos suaves. No hemisfério Norte estão China, Japão, Ásia central, Oriente médio, toda a zona mediterrânea, norte africano e a parte central dos EUA.
     Já no hemisfério Sul, as poucas áreas terrestres abrangidas são o extremo sul da África do Sul, Austrália (Tasmânia, ilhas próximas e adjacências do sul continental), Ilha do Sul (Nova Zelândia), e a Patagônia (América do Sul).
     Com climas subúmidos a úmidos e invernos mais suaves, a zona amena abrande as áreas mais populosas da China, Japão, Ásia central, Oriente médio, Mediterrâneo todo (sul europeu ao extremo norte africano), e faixa central dos EUA.
     Nessa faixa estão os países desenvolvidos e os de maior IDH do mundo, palcos de muitas movimentações de imigrantes de várias origens, por motivos de trabalho ou negócios, ou encontros políticos.
     Como mostra o citado mapa, nela estão as maiores incidências viróticas (círculos). Isso ajudou na polêmica em comentários difusos na internet.
     A origem de tais comentários veio de notícia transmitida em várias fontes, as quais relacionam a disseminação do vírus ao tipo climático ou sazonalidade, sendo as baixas temperaturas mais propícias. O mapa acima reforçaria tal notícia.
     Daí alguns governos já se disporem (ou torcerem) pela diminuição dos surtos com o aumento das temperaturas médias, coordenada com as políticas de contenção. Aqui no Brasil, inclusive.
     Pimentas: 1: com dezenas de casos cada, Brasil e Austrália estão no verão, em cujo auge se noticiaram os primeiros casos. 2: mesmo que nos períodos quentes haja alívio, o Covid-19 não vai sumir. Os surtos apenas amenizarão.
     Mais pimentas: 3: o verão está mais calmo que os anteriores por aqui e só agora em seu final esquenta de novo. 4: a Europa agora é o epicentro, após a China se lançar em estratégia agressiva. 5: a pandemia ainda não chegou ao seu ápice.
     Além da questão climática, dois outros temas merecem reflexão: o papel de Cuba, e a dança das autoridades nos EUA nessa semana.
     A primeira notícia sobre Cuba é que ela esteja criando uma vacina para Covid-19, em verdade uma fake news. A verdade: foi criado um interferon reforçado contra o vírus, e se estuda a possibilidade de fabricação em larga escala para exportação.
     E falando em vacina, nos EUA Trump teria pressionado os cientistas a criar uma urgente, e recebido resposta escrita de um deles na revista Science: ciência precisa de recursos e de tempo para que sejam alcançados os primeiros bons resultados.
     Sim, o presidente estadunidense cortou os recursos para a pesquisa após mostrar desprezo à prestigiada comunidade científica local.
     Nessa semana, o secretário Wajngarten e a advogada do presidente Bolsonaro se assumiram estar infectados. Eles estiveram na comitiva presidencial no encontro dessa semana com Trump nos EUA.
     De volta ao Brasil, Bolsonaro fez testes com contraprova, dando negativo, segundo a mídia. Mas foi orientado a se isolar, enquanto Wajngaten se vangloriou como "prova de que (Covid-19) não é bicho de sete cabeças como falam". 
     Fala irresponsável de um inconsequente. Após se assumir doente, a advogada nada declarou: afinal, o silêncio é de ouro. As palavras dele, tiradas da fossa. E o Bolsonaro, terá sido a autoridade pioneira infectada no mundo?
     Enquanto isso, nos EUA, o líder Donald Trump passou por testes após o encontro: negativo. Mas o prefeito de Miami se assumiu infectado, após o encontro. Tudo, de acordo com a mídia.
     Enfim, os fatos revelados aqui não constituem verdades absolutas. Mas é inconteste que o Coronavírus veio para ficar. Por bom tempo, pois a pandemia ainda não atingiu seu ápice. 
     Portanto, vida que segue, com muita calma nessa hora. Seguindo protocolos de proteção, claro.
     

Com créditos de:
Mapa acima: http://www.painelglobal.com.br/noticias.php?t=Pesquisadores_relacionam_disseminacao_do_COVID-19_com_temperatura_e_umidade&id=20200313-112751

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0021-75572017000300294&script=sci_arttext&tlng=pt


https://www.nationalgeographicbrasil.com/ciencia/2020/02/temperatura-altas-surto-coronavirus-clima-quente-verao


https://www.publico.pt/2020/03/13/ciencia/noticia/coronavirus-relacao-estreita-clima-aponta-verao-calmo-portugal-1907601


https://visao.sapo.pt/visaosaude/2020-03-11-covid-19-modelo-cientifico-preve-que-o-pico-mundial-seja-no-proximo-inverno/


https://rr.sapo.pt/2020/03/13/pais/coronavirus-marco-e-abril-devem-ser-meses-de-expansao-em-portugal-diz-investigador/noticia/185333/


https://brasil.elpais.com/brasil/2020-02-27/governo-aposta-no-verao-e-em-acao-coordenada-para-frear-propagacao-do-coronavirus-no-brasil.html


     

quinta-feira, 12 de março de 2020

Coronavírus: analisando possíveis verdades


     Como já se tem noticiado, o novo coronavírus, ou Covid-19, tão logo foi descoberto mostrou a q veio, a partir da China. Só lá há milhares de infectados. Silvestre, fora contraído via consumo de carne exótica numa feira livre.
     Cobras, lagartos, morcegos e até cães já foram apontados como vetores potenciais. Mas ainda não é possível concluir, pois não se sabe qual carne o primeiro infectado ingeriu.
     O mais improvável é o cão, por ser doméstico e consumido em festas tradicionais mais antigas do que a primeira denúncia de crueldade nas redes sociais.
     Embora já se saiba ser o vírus transmissível pelo ar, a velocidade de transmissão e infecção assustou autoridades e cientistas, e causou pânico prévio no mercado, o que deu passo para uma queda econômica.
     Até os primeiros monitoramentos de controle, muita gente já havia saído da China indo para outros países, na Europa e Américas, seja por avião ou cruzeiro.
     Fora da China, a Europa é a ais afetada, sendo liderada pela Itália, com números dramáticos. França, Espanha e Alemanha também assustam. Torneios esportivos e culturais foram cancelados ou estão sem público.
     Nas Américas, os EUA lideram com mais de 1000 casos, segundo dados recentes. Na América do Sul lidera o Brasil, embora até agora os números oficiais sejam baixos em relação à população.
     Os primeiros repatriados brasileiros vieram da China, mas todos deram negativo. Os primeiros infectados teriam vindo da Europa, a partir da Itália.
     Isso pode ter contribuído para evitar a disseminação da sinofobia (aversão ao povo chinês) por aqui. Mas, por motivos macroeconômicos e na onda do Covid-19, ela pode estar forte nos EUA.
     E, nos EUA e Brasil, o vírus ameaça os governos: Wajngarten e Bolsonaro foram lá encontrar Trump nesses dias. O primeiro está infectado, o segundo aguarda resultado de teste e a equipe do terceiro quer saber mais detalhes desse encontro.
     Enquanto Bolsonaro já cai nos memes de humor nas redes sociais, suposto áudio de alerta médico teria sido disseminado via WhatsApp, chegando a ser visto como boato, mas depois 'confirmado' como interpretação médica particular.
     Segundo tal alerta, trataria-se de uma projeção de até 45 mil infectados em São Paulo em pouco tempo. Em comparação com a amplitude brasileira, seria de fato um alerta de perigo ainda maior.
     Por ser uma projeção opinativa, não é possível apontar uma verdade tácita nesse número. Verdade mesmo, até agora, é que dos 123 casos confirmados, a maioria está concentrada na região Sudeste.
     Os dados oficiais são bons se comparados com a explosão de casos de chicungunya, dengue, malária e leishmânia, o retorno do sarampo e o aumento de infectocontagiosas ligadas à falta de saneamento, como a tuberculose. Todas ofuscadas nas mídias.
     Mas tal projeção hipotética não deixa de ter valor, pois nos oportuniza mensurar uma relação do risco com a realidade do sistema de saúde pública. De fato é salutar assumir os problemas enfrentados pelo setor.
     Historicamente subinvestidos, os serviços de saúde enfrentam a precarização que progride com os cortes orçamentários sucessivos, ameaças aos servidores públicos e terceirização crescente com pessoal quase todo mal qualificado.
     E, agora, Paulo Guedes já elabora proposta de novo corte nos programas e serviços sociais, inclusive saúde, para "salvar o PIB e o mercado". Com o Covid-19 voejando à vontade em nossos ares, até o seu ápice, que não demorará muito. 
     Se a coisa ficará tão feia, não há como saber de imediato. O Brasil vive assim, na expectativa entre a dolorosa verdade tácita e a possível falsa esperança de melhora em curto prazo, à espera de dados pretensamente confiáveis. 
     Uma verdade: nesse momento, ninguém solta a mão de ninguém. Entre verdades e mentiras, ao sabor dos ventos, voeja o pequeno Coronavírus.
     
     
     
     
     
      
      
     

quarta-feira, 11 de março de 2020

Cristofascimo, base bolsonarista


     Damares Alves foi nomeada pelo presidente eleito Jair Bolsonaro para dirigir o Ministério da Mulher, da Família e Direitos Humanos, criado no atual governo.
     Este blog já tratou sobre a biografia de Damares, desde a sua conturbada vida de menina de família evangélica até a sua atual situação.
     Pastora, Damares ganhou fama por suas declarações sexistas estapafúrdias e polêmicas, que caíram como luva para críticas escritas e memes de zoeira crítica nas redes sociais.
     Em dois eventos na Hungria, realizados pelo líder ultraconservador Viktor Orvbán, Damares declarou que o governo propõe calcar "o cristianismo como centro decisivo de Estado", atentando contra o princípio da laicidade estatal.
     O que não seria de estranhar: desde seus tempos de parlamentar, Jair Bolsonaro sempre defendeu o suposto valor da das igrejas evangélicas na política. Reflexo de uma história que por séculos destacou a Igreja Católica com esse papel central.
     A historicidade do papel ativo da Igreja é compreensível dada a Inquisição até o século XIX. Embora o princípio laico propusesse equidade religiosa independente de estatísticas, há um revival diferente nos últimos 15 anos.
     Um revival fertilizado pela liberdade política e econômica de líderes evangélicos pentecostais e neopentecostais congressistas, que se notabilizaram por PLs polêmicas e muito barulho a impedir votações de certas pautas progressistas.
     A campanha eleitoral de Bolsonaro teve forte apoio das igrejas neopentecostais, que tiveram papel central nessa eleição. A declaração de Damares citada nas linhas acima já era promessa do então candidato a presidente.
     Toda a campanha ideológica de Bolsonaro se sustentou, e se perdura, nos pilares de conservadorismo de costumes numa base cristocêntrica, que culmina no desprezo às minorias religiosas e afro-brasileiras. 
     O desprezo cristocêntrico refertiliza o sentimento de intolerância à diversidade de fé e, daí, o racismo religioso que culmina em ataques a templos e pessoas de fé indígena e africana, constituindo o cristofascismo.
     O cristofascismo não é por si mesmo uma ideologia, mas um sintoma ideológico. Não se originou no bolsonarismo, mas encontrou nele os ingredientes que levaram à sua cristalização.
     A laicidade constitucional é um desafio para Bolsonaro e os líderes evangélicos da linha de frente cristofascista. E, por ser base bolsonarista, o cristofascismo pode ser um grande obstáculo ao desenvolvimento.
     Pois, como já mencionado em artigo anterior, Bolsonaro e seus asseclas um dia sairão, mas o bolsonarismo não, não em curto prazo. E um dos pilares a sustentá-lo pode ser o próprio cristofascismo.
     
     
     
     

segunda-feira, 2 de março de 2020

Olavismo, uma base bolsonarista

     Conforme prometido no último artigo de fevereiro, este visa abordar o olavismo e a sua relação com o bolsonarismo. 
     Mas, o que é olavismo? Por que passou a ser um pilar do bolsonarismo, chegando a influenciar algumas políticas do governo?
     Como introdução será apresentada uma breve biografia de Olavo Luiz Pimentel de Carvalho, vulgo Olavo de Carvalho.
     Natal de Campinas (1947), Olavo de Carvalho entrou na militância política ainda na juventude, no PCB, contra a ditadura militar. Mas, tempos depois, se torna um radical anticomunista, assumindo-se francamente conservador.
     Sem diploma superior, Olavo trabalhou em vários jornais, entre eles Globo, Época, Zero Hora, Diário do Comércio. Deu curso de extensão para estudantes de Psicologia sobre Astrologia. Sim, se assume astrólogo.
     Além de astrólogo, é ensaísta e digital influencer no Youtube (Brasil Paralelo e canal próprio). Reside há 15 anos em Richmond, Virgínia, EUA.
     Todavia, a tônica de Olavo é a sua posição polêmica, que confronta ciência, filosofia, sociologia e regimes políticos não conservadores vigentes: o olavismo.
     O radical ismo do termo indica uma ideia sistemática, logo, sendo uma ideologia assumida. Daí a qualificação frequente a Olavo feita pela mídia como ideólogo.
     Terra plana, geocentrismo, malefícios da vacina e benefícios do cigarro à saúde são alguns exemplos da sua anticiência. Os dois primeiros ele explica pelas descrições astrológicas, acusando a Nasa de desqualificar a Astrologia.
     Na antipolítica, a aversão a regimes democráticos e laicos e a defesa ferrenha nos conservadores morais, pseudolaicos e ultraneoliberais econômicos. Há um porém: a péssima relação com militares, como no governo Bolsonaro.
     Também se destaca nos insultos mal educados contra cidadãos e políticos que defendam os saberes científicos, políticas democráticas e laicidade.
     Toda essa categoria insólita não o impediu de entrar nas entranhas políticas de alguns governos bem conservadores como os da Hungria e do Brasil. Esteve presente em almoço da comitiva de Bolsonaro com Donald Trump em Washington.
     Mas tal fato ainda não evidencia a influência de Olavo no governo Bolsonaro, mas sim a sua última palavra em indicar nomes. Olavo é sempre consultado nesse caso quando ocorre de substituir um ministro, como ocorreu no MEC.
     Ministros indicados: chanceler Ernesto Araújo, Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Abraham Weintraub (MEC, após outro seguidor, Ricardo Vélez), e Damares Alves (da Mulher, Família e DHs).
     Weintraub defende o criacionismo cristão ferrenho de Olavo como conhecimento obrigatório na educação básica. Araújo já defendeu o autor e a ideologia limitando-se em justificar a "liberdade de expressão".
     Damares já foi indagada sobre a sua ligação com Olavo de Carvalho, respondendo numa postura idêntica à de Araújo. Para evitar constrangimentos, claro.
     O próprio Jair Bolsonaro foi eleito se autoproclamando antipolítico, antissistema, cristão ferrenho. Exatamente como Olavo. Mesmo, na prática, alimentando muito bem o velho e viciado sistema político brasileiro.
     Apesar de tão insólito quanto constrangedor, Olavo de Carvalho tem um triunfo na manga: ser o guru desses governos indicando discípulos nas equipes. E ganhou uma nova legião de seguidores entre os bolsominions fanáticos.
     E nessa seara, evidencia-se o olavismo mais do que uma simples seita ideológica assistemática. Ela se tornou um alicerce sólido do próprio bolsonarismo, e também do desmonte progressivo da nação.
     
     
     

domingo, 1 de março de 2020

Brasil bolsonarista vs Mundo

     O Brasil tem seguido políticas negativas que atraíram a atenção do mundo, no que se refere aos direitos humanos.
     Não é novo: há tempos a Anistia Internacional recebe informes de violações graves de direitos humanos por aqui. Como as de violações de direitos políticos durante a ditadura militar.
     Estas denúncias eram feitas por missionários religiosos ou brasileiros exilados no exterior. Mas, até prova em contrário, nunca houve envio de informe de "crime contra a humanidade" da ditadura a tribunais internacionais.
     Talvez seja a censura de então, ou por interesses econômicos de multinacionais que ajudavam o regime vigiando os trabalhadores. 
     Na redemocratização têm permanecido, pelo menos, denúncias de trabalho escravo ou análogo no campo e nas carvoarias que alimentam grandes siderúrgicas.
     Quem estreou foi o governo Bolsonaro: denúncias de crimes contra a humanidade foram enviadas ao Tribunal Internacional de Haia, ainda em meados de 2019, por um grupo de advogados e juristas brasileiros.
     Uma advogada do grupo ainda lamentou o ocorrido, mas esclarecendo que não ser possível deixar passar impunes crimes cuja repercussão no exterior afora mostrou uma face vergonhosa nova do Brasil. 
     Perseguição e assassinato de líderes indígenas e de esquerda realizadas por milícias e ecocídio compõem as principais denúncias enviadas, bem como de trabalho escravo intensificado no campo e ecocídio.
     Ecocídio é toda ordem de crimes socioambientais extensos em áreas preservadas e terras indígenas e de povos tradicionais, por fazendeiros, grileiros e garimpeiros.
     O envio foi duramente criticada por bolsominions nas redes sociais. Mas os elogios dominaram, inclusive por alguns eleitores de Bolsonaro mais sensatos.
     Houve uma crítica à aparente demora ou falta de resposta do Tribunal. Motivos: processos anteriores de outros países em andamento, e análise prévia necessária por juristas escalados pela ONU.
     Dessa forma, o melhor a se fazer é aguardar a resposta e a sequente convocação. Não é apenas mais um país denunciado, é a face de um país com deterioração como nação diante do mundo. Por pura birra ideológica do governo e de seus fanáticos.
     

CURTAS 98 - ANÁLISES (Brasil- Congresso)

  A GUERRA POVO X CONGRESSO                     A derrota inicial do decreto do IOF do governo federal pelo STF foi silenciosamente comemo...